Estamos doentes. Eu e ele. Aliás, Murilo que ficou doente primeiro. Difícil! Sensação de angústia em tempo integral ao olhar o pequeno serzinho sem conseguir respirar.
Acho que há uma compensação em ter um filho. Algo muda no seu interior de uma maneira que não mais permite que você volte a ser o que foi um dia. Não me pergunte ainda o que é, pois não saberia responder de bate-pronto. Só sei que fico horas olhando prá ele, acompanhando seus movimentos e parece que a cada vez vejo algo que nunca tinha visto antes. Me sinto embasbacada. E racionalmente isso me parece bobo. Mas não há como ser diferente. Eu mudei. E continuo olhando embasbacada, tentando acompanhar cada pequena mudança dele.
Murilo viajou e passo as noites sozinha. É cansativo, ainda mais com febre e dor de garganta parece que a manhã do dia seguinte nunca chegará. Mas ela chega, e mais um dia começa, com sua rotina massacrante. Mas curiosamente, é como se você tomasse Prozac e não sentisse o peso dessa rotina te esmagando. Em alguns momentos me sinto totalmente anestesiada.
E os dias passam. Amanhã ele completa 15 dias de vida. Já cresceu horrores e várias roupinhas nem consegui usar 1 vez. É bom conseguir olhar isso de perto. Mas fico amedrontada de voltar a trabalhar e sentir a falta do pequeno. "Separações sempre são difícies", disse a sábia Rose, nossa babá.
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